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Por Definir

Por Definir

31
Out18

É a vida

Sempre ouvi dizer que quanto mais se tenta poupar, mais se gasta devido aos imprevistos que surgem nessas alturas. Sempre poupei (ou pelo menos tentei) a minha vida toda. Gastava sempre o mínimo possível em futilidades e optava sempre pela melhor relação qualidade-preço. Ainda hoje o faço mas agora sou vítima do que se chama 'é a vida'. 

Faço escolhas muito ponderadas e, quando fico contente por ter poupado x, acontece sempre, mas sempre, alguma coisa que me faz gastar esse x. Fico extremamente frustrada até me obrigar a pensar que podia ser pior. Pode sempre ser pior. 

Aqui fica uma história para ilustrar este meu ponto de vista:

Estava eu numa coffee shop, feliz e sorridente pelo dia produtivo que estava a ter, pensando em como é bom estar vivo, em como tenho tanta sorte na minha vida e todas essas coisas que agora estão na moda pensar, quando decidi carregar o meu computador. Mais tarde, quando tiro o carregador da ficha, percebo que se partiu. Não se desmontou, não se desencaixou, não. Não há solução, está partido.

Depois de 5 minutos de muitos calores e nervos, quase prestes a desatar aos gritos com os empregados todos (que não têm culpa de nada mas isso não interessa quando nos irritamos), respirei fundo, beberiquei o meu chá amargo e pensei: "Ao menos tenho bateria suficiente para escrever este post e assim, salvaguardar a minha dignidade, comportando-me como uma adulta". 

30
Out18

Muito conforto ou pouca conversa?

Os asiáticos, como é sabido, são extremamente avançados a nível tecnológico. Onde estou, as diferenças entre ricos e pobres, ou classe média e pobres, é bastante evidente mas, excepto as pessoas de idade avançada, diria que todos têm um smartphone, ainda que as condições em que vivam não sejam as melhores.

Eu, que passo a vida em coffee shops, vejo frequentemente casais a tomar café ou a 'picar' um bolo completamente abstraídos do mundo à sua volta devido à extrema concentração nos seus smartphones: cada um no seu, claramente. Por norma, este comportamento é criticado devido à diminuição de interações face a face a que temos vindo a assistir. Será que se sentem mais confortáveis e menos vulneráveis por interagirem virtualmente? Será que já não sabem ter uma conversa sem ajuda da tecnologia?

Ou será que já estão tão confortáveis um com o outro que apenas despendem tempo juntos, cada um no seu pequeno mundo? A verdade é que todos passamos muito (demasiado) tempo a olhar para um ecrã porque é a nova forma de nos ligarmos ao mundo, de nos sentirmos informados. No fundo, a nova forma de sermos e de estarmos neste mundo cada vez mais tecnológico. 

Será, então, um comportamento assim tão descabido?

27
Out18

Objetivos a curto prazo

Tenho ideia de já aqui ter falado de o ser humano querer mais, sempre mais. Acontece-me muito com algo não material: viagens. 

Não sou aquela que diz que, se pudesse, daria a volta ao mundo. Há países que não me despertam a mínima curiosidade. Há sítios que, apesar de reconhecer a sua beleza natural ou urbana, não me cativam com a mesma intensidade que outros. Não quero ir a todo o lado mas tenho uma meta na minha cabeça, não um número mas uma lista mais ou menos definida. 

Estou prestes a ser financeiramente independente e sei que a probabilidade de manter o meu estilo de vida atual é praticamente nula. Por isso é que tenho tanta pressa. Gostava de atingir, pelo menos, outra meta antes de ir viver sozinha porque sei que nessa altura vai ser muito mais complicado gerir o meu dinheiro e o meu tempo. 

América do Sul ou Central. Mochila às costas. Meia dúzia de semanas. Meia dúzia de países. 

 

25
Out18

No meio

Quem me conhece sabe que prezo tempo comigo própria. Não me incomoda estar sozinha ou fazer alguma coisa sozinha, como por exemplo, ir ao cinema ou às compras (apenas quando inadiável). Contudo, como a minha avó dizia, tudo o que é demais faz mal e estar sozinha já não está a ser benéfico para mim.

2 meses onde o contacto diário com seres humanos é pouco ou virtual. Mais do que tudo, sinto falta de partilhar as minhas alegrias, as minhas descobertas, as minhas surpresas. No fundo, as minhas emoções. Há vários meios de partilha mas eu ainda sou das que prefere a comunicação direta e presencial. 

Há dias bons e há dias menos bons. Se calhar é da lua.

Faltam outros 2 meses.

25
Out18

Insuportável

O meu nível de concentração é o mais baixo que existe. Não percebo a exata razão da situação mas apreciava muito conhecer o motivo. Começa a ser insuportável. 

 

24
Out18

A fugida do tempo

À medida que fui crescendo comecei a ter um ódiozinho por todas aquelas pessoas que se viravam para a minha mãe e diziam: "Ahhh, é a tua filha, Ana? Está tão crescida! Como o tempo passa... Não havemos nós de estar velhas! ahahaha". 

Hoje, percebo totalmente esta reação. Desde que fui estudar para Lisboa, passo muito tempo sem ver certas pessoas, especialmente miúdos de escola. Quando vou ao mercado com a minha mãe encontramos sempre gente da terra e por vezes jogamos ao quem é quem. 

-Olha ali para a direita. Conheces o moço que está com a Eugénia? - diz a minha mãe. 

-Oh mãe, sei lá quem é o moço! - respondo eu, sem aparente interesse.

-Então não é o Diogo, o filho dela?? - diz-me ela como se fosse óbvio. 

E eu não respondo porque fico chocadíssima e extremamente surpresa com a informação que acabei de adquirir. 

Para consolidar ainda mais o meu ponto de vista, vou aqui referir as férias de verão ou as "férias grandes" tão desejadas por muitos mas repelidas por mim. 

No início da minha adolescência, as férias de verão eram eternas. Eu só desejava que as aulas começassem de novo em Setembro. No fim da minha adolescência e até há bem pouco tempo, não tive tempo de as sentir. Não porque estava mais ocupada ou porque gostava de estar de férias. Simplesmente o tempo passa mais rápido conforme crescemos e envelhecemos. E eu só tive a verdadeira noção dessa situação hoje, quando olhei para o calendário e vi uma grande bola desenhada no dia 24 de Outubro: a marca dos 2 meses fora de Portugal.

Embora sinta que estou aqui há umas semanas, se não houvessem calendários, não acreditava que já tinham passado 2 meses. Não sei de quem ou do que quer escapar mas o tempo foge e é preciso agarrá-lo o quanto antes. 

 

23
Out18

Vamos todos adaptar o nosso comportamento em função da realidade onde nos inserimos, se faz favor

Não há maneira bonita de dizer isto: as pessoas irritam-me com o barulho que fazem. Fico extremamente incomodada por não conseguirem perceber que, estando em público, têm que se comportar de forma diferente do que quando estão em casa. Para mim é lógico! Faz todo o sentido adequar o comportamento à situação! Sendo seres humanos, temos a capacidade de pensar, de supor situações e de nos adaptarmos a qualquer ambiente. 

Há pessoas que não têm qualquer noção de 'adaptação de comportamentos de acordo com a realidade onde estão inseridos". Neste preciso momento estou num café que é uma espécie de local de trabalho para muitos e normalmente as pessoas ou estão em silêncio ou falam baixo para não perturbarem os demais. 

Contudo, há um casal mesmo ao meu lado que fala muito alto. Muito alto mesmo. E enquanto isso, estão a ver vídeos no telemóvel de forma muito barulhenta. Será que não sabem o que são fones? Será que não têm vergonha de serem os únicos a perturbar os que estão à sua volta? Será que não percebem mesmo ou são só... estúpidos?

22
Out18

Oh, vida!

Bebo isto todos os dias. Mas mais escuro. Acaba por ficar castanho escuro e sempre com gelo que eles aqui não bebem senão coisas com gelo. Ora, eu sempre soube que às vezes eles metem leite condensado no café: é o tradicional. O que eu não sabia é que todos os dias era consumidora desse mesmo café tradicional.

De manhã, quando vou à cantina, peço um café com leite sempre a pensar em leite de vaca (já que eles não têm vegetal). Todos os dias vejo a bebida a ser preparada: um bocadinho de leite num copo de plástico (tudo aqui é feito de plástico), duas medidas de café, mexer com uma mini misturadora e umas pedras de gelo. 

Hoje fez-se luz. O bocadinho de leite no fundo do copo não é leite de vaca líquido mas sim condensado. Porque é que precisariam de uma misturadora se fosse leite não-condensado? Que falta de perspicácia. Ou então era a minha mente a rejeitar ao máximo a compreensão daquele café. Lá se vai o meu prazer matinal devido às quantidades exageradas que o meu sangue tem de açúcar. Oh, vida!

 

 

Nota

Todas as imagens aqui publicadas são do Pinterest, excepto se existirem indicações contrárias.

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