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Por Definir

Por Definir

29
Dez18

"Começa hoje e repete amanhã"

Já no fim do ano, ouvem-se falar de resoluções para o novo ano. Já as fiz mas já não as faço. Esperar até dia 1 para mudar é um erro e raramente funciona. A clássica resolução de que "dia 1 começo a dieta" não é bem sucedida porque "ah, tenho tantos doces em casa... não vou desperdiçar não é?". E assim se vai adiando. 

Não faço resoluções para o ano novo mas faço resoluções para o presente. Quando decido que devo mudar, mudo na hora e não marco no calendário um dia específico para o fazer. 

"Começa hoje e repete amanhã". 

27
Dez18

(Já) Do Alentejo

Acordo, ainda de manhãzinha, com nevoeiro cerrado. Mal se vê um palmo à frente mas ouvem-se os galos, aqui e acolá, tímidos por causa do frio. Poucos pássaros ou nenhuns chilreiam e o verde dos campos está escondido e coberto pelo orvalho que se faz ver já quando o dia vai a meio. 

A paz sente-se mais intensamente do que nunca e a alma aquece-se com café preto mas não era preciso. Basta o ar do Alentejo (ainda que frio) para a apaziguar e lhe dar alento. 

Já estou no Sul e não há lugar nenhum, nem na Europa nem na Ásia, mais especial que o meu Alentejo. 

 

 

22
Dez18

O mar - uma terapia

Numa das ilhas da Tailândia fiz mergulho. No início debati-me para conseguir respirar debaixo de água apenas com a boca. Custou-me tanto que tenho neste momento uma constipação que foi incentivada pela secura da garganta durante horas. 

Valeu totalmente a pena ficar doente. Foi sem sobra de dúvida uma das melhores experiências que tive na vida. A paz que se sente no 'fundo' do mar é impagável e inimaginável. Só se ouve o som da botija de oxigénio, nada mais. A calma que nos transmite vale por tudo. Nadei com cardumes, tartarugas e tubarões. Inacreditavelmente, não me assustei nem um pouco e só me apercebi da estranheza da coisa quando contei aos meus amigos.

Agora percebo que sentia uma paz interior tão intensa que nada me poderia assustar naquele momento. Aliás, assim que vi os tubarões, nadei até eles mas claro que se assustaram e desapareceram no mar. Queria sentir-me livre e serena como eles. Queria fazer parte daquela realidade. E fiz. 

Quando voltei à superfície, pus toda a minha vida em perspetiva. Nunca me tinha sentido tão conectada e plena. Recordo todos os dias esse momento. Sem dúvida que voltarei a fazê-lo. É a minha terapia. 

 

21
Dez18

Da Tailândia para Portugal

Em Banguecoque, sinto o frio na barriga e o estômago às voltas. Tenho esta sensação sempre que estou muito ansiosa ou nervosa. Sempre a detestei mas percebi que quando sinto este desconforto, algo de muito bom está para vir. Portugal. Portugal está para vir e é para lá que vou hoje. Saio, finalmente, da Ásia sem tristeza e sem vontade de voltar nos próximos tempos. 

Não porque foi mau, aliás, eu vivi um dos melhores dias da minha vida aqui na Tailândia. Houve momentos que me marcaram tanto, que duvido que os esquecerei mas o meu tempo no Oriente chegou ao fim. Preciso do meu país, da minha casa e das minhas pessoas. Preciso da minha rotina de volta e da minha antiga vida porque a adoro e é lá que me sinto confortável e não há melhor sentimento que o de conforto. 

Hoje vou para Portugal e não podia estar mais feliz. A Ásia tocou-me muito e agradeço-lhe as experiências boas e também as menos boas mas a Europa está à minha espera. 

Está quase. 

17
Dez18

Com frio

A correr entre viagens, vim aqui só para reclamar. Porque é que os aviões e aeroportos são tão frios? É que lá fora está calor e uma temperatura mais baixa é desejável mas não extremamente baixa! 

Posto isto, estou entenguida. 

14
Dez18

Do Camboja com paz

Senti-lhe a paz assim que a vi. Aquela não era só mais uma rapariga a viajar pelo sudeste asiático com uma mochila às costas. Disse-me que tinha estado num retiro de meditação durante 2 semanas. Era a primeira vez que sentia que a sua mente estava conectada com o seu corpo e admitiu que soava a cliché mas era realmente o que sentia.

Eu acreditei nela. Acreditei porque antes de me contar a sua historia, eu vi-a. Vi-lhe a serenidade e a energia que criou na sua bolha que, embora forte, penetrável para aqueles que só têm boas intenções. 

Fiquei com muita vontade de introduzir a meditação na minha vida. Não só para sentir esta conexão de mente e corpo mas também para a transmitir aos que me rodeiam.

10
Dez18

O deslumbramento em Singapura e as saudades de casa

O céu está escuro e ouvem-se os ribombar dos trovões. Abriguei-me num edifício alto e escuro com laivos de riqueza. Quando dei por mim estava numa biblioteca, de onde escrevo.
Aqui em Singapura é tudo muito limpo, muito organizado e muito diversificado. O multiculturalismo é o que define a cidade juntamente com os seus prédios altos e espaços verdes onde o conforto se faz sentir. As pessoas são educadas, simpáticas, amigáveis e aqui, a segurança é respirável. Compreendo o elevado número de imigrantes que escolhe esta cidade para residir.

Enquanto visito as ruas e ruelas, um sentimento misto acompanha-me durante todo o tempo. Morro de felicidade por estar a concretizar um sonho e morro de tristeza por não o puder partilhar. Ainda que fale diariamente com os meus, o que eu mais queria era que eles estivessem comigo e que pudessem sentir o que eu sinto sempre que me deslumbro.
Creio que é um sentimento comum aos viajantes a solo: os dois lados da moeda sempre presentes. A vontade de voltar a casa é maior a cada dia que passa. Não falta quase nada mas ainda falta tanto. Oh tempo, podes voar?

09
Dez18

Mais uma realidade

Já terminei os assuntos na Ásia mas antes de regressar a casa decidi viajar pelo Oriente. No início da semana estive na capital da Indonésia, Jacarta. Não tem qualquer encanto nem ponto turístico que deslumbre. O meu objetivo era entrar em contacto com a cultura e entrei. Cheia de pobreza e poluição, Jacarta é só mais uma cidade onde as diferenças entre ricos e pobres não podiam ser mais evidentes. Não me senti segura nem desfrutei do tempo que lá passei. Parti sem saudade e com vontade.

PS: perdoem-me o alinhamento do texto mas no telemóvel não consigo justificá-lo. 

06
Dez18

É só preciso força de vontade

Os que viajam durante meses pela Ásia têm por trás meses, se não anos, de trabalho. Pacientemente, foram juntando o dinheiro necessário para os seus gastos no Oriente. Quando lhes perguntei como conseguiam, uma vez que também tinham despesas no seu país de origem, disseram-me que o truque era definir prioridades e saber gerir o dinheiro. Abdicaram de pequenos luxos para puderem alcançar, mais tarde, o que realmente importava para eles: a viagem.

Há um mês que me tornei mais consciente e cuidadosa nos meus gastos monetários. Cheguei à conclusão que poupar é fácil, muito fácil mas implica fazer escolhas mais conscientes no dia-a-dia. Implica definir prioridades e tê-las sempre em mente. Implica esforço para não perder o foco no objetivo final. É tudo uma questão de força de vontade.

05
Dez18

Não ter medo

A maioria das pessoas que conheci a semana passada, tinham-se despedido do seu emprego e, com dinheiro que foram poupando, decidiram fazer uma viagem de uma mão cheia de meses. Largaram tudo. O emprego, os amigos e a família, a sua vida estável mas aborrecida. Quando lhes perguntei se não tinham medo, responderam-me que não. Mas que tiveram, sim, medo de ficar loucos com o tédio da sua vida antiga.

Nota

Todas as imagens aqui publicadas são do Pinterest, excepto se existirem indicações contrárias.

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