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Por Definir

Por Definir

26
Jun19

O desequilíbrio

Peco por ser extremista. Ora adoro, ora odeio. Ora faço muito, ora não faço nada. Ora sou muito organizada, ora sou muito desorganizada. E por aí em diante com todos os adjetivos possíveis. 

Visto que a vida é feita de fases, a minha é feita de fases muito acentuadas que, geralmente, são o oposto umas das outras. O equilíbrio muda drasticamente. Equilíbrio pleno ou desequilíbrio pleno. 

Mas o que importa é ter saúde. 

24
Jun19

Dia R - dia da ressaca

Saio muito pouco à noite por três razões muito particulares: perco tempo, fico "doente" e desregulo o sono.

Sair à noite, para mim, implica ficar até tarde na festa. Visto que são raras as vezes que saio, quando o faço é para ficar até de manhã. Ora isto implica deitar-me com o sol no horizonte e acordar depois da hora do almoço (coisa que detesto). Esta mudança de horários deixa-me doente (juntamente com a inevitável ressaca). Dor de cabeça, má disposição, falta de apetite, preguiça excessiva e falta de proatividade são os sintomas de que sofro no dia seguinte. Devido a todas estas ocorrências, o dia R (de ressaca) é totalmente inútil dado que a principal (e única) tarefa é vegetar - (Figurado) Viver uma vida de inércia, obscura, miserável.

Entretanto apercebi-me que já não demoro 1 dia a curar uma ressaca mas que os efeitos da mesma se prolongam até ao 2º dia. Posto isto, prometi a mim mesma que enquanto me lembrar, 1 - não bebo, 2 - não saio, 3 - não me deito tarde. A última vez que prometi isto foi há mais de meio ano. Nada mau. 

19
Jun19

Um quarto ou uma ponte?

Em posts anteriores já tinha mencionado a minha busca exaustiva por um estágio (ou emprego) que se estendia por toda a Europa. A dificuldade em encontrar um desafio que me motivasse e que me enriquecesse estava a levar-me à loucura.

Depois de muitas reuniões quer presenciais, quer online, obtive A proposta. Não quero estar a fazer a festa antes do tempo mas as expectativas para o futuro são muito promissoras. O estágio é numa daquelas empresas onde nos orgulhamos de pertencer e a minha posição de aprendiz não podia encaixar-me melhor. 

A missão de obter um estágio foi bem sucedida e, quando eu pensava que tudo estava resolvido, eis que me deparo com a situação precária das rendas em Lisboa. Estou a escrever sobre isto e já consigo sentir as minhas têmporas a pulsar. Este post era para se intitular de "Reclamação ao Governo devido aos inadmissíveis preços de habitações na capital" mas acho que nem vale a pena. 

Não há muito a dizer a não ser que, se ganhásse o ordenado mínimo, jamais conseguiria pagar um quarto e comer durante o mês algo mais do que apenas pão e água. Numa plataforma online, vi um anúncio de um quarto sem janela, minúsculo, numa casa com mais 6 quartos a 470€ por mês com despesas incluídas. Foi nesta altura que desliguei o computador e repensei a minha vida toda. 

A conclusão a que cheguei foi que há duas grandes pontes e, por sinal, muito jeitosas. 

14
Jun19

A mulher que correu atrás do vento

João Tordo é o meu escritor português preferido e esta afeição intensifica-se cada vez mais conforme vou lendo os seus trabalhos. Confesso que o seu penúltimo livro "Ensina-me a voar sobre os telhados" não me cativou mas, ainda que não o tenha lido na sua totalidade, a qualidade da sua escrita é indiscutível. 

A capa d'A mulher que correu atrás do vento fascinou-me desde o primeiro momento mas, não querendo colocar as expectativas no topo, não lhe atribuí importância. Retirei-o da estante da biblioteca municipal assim que o vi na secção dos destaques antes que alguém o requisitasse primeiro.

A história gira à volta de 4 mulheres que existiram em diferentes tempos históricos. Todas elas têm algo em comum e todas elas são admiravelmente retratadas tal como todas as outras personagens sobre as quais o autor se debruçou. 

Sobre a escrita confirmo que se mantém genial, a descrição dos cenários é tão perfeita que nos transporta até eles, já para não falar da continuação dos temas taciturnos e profundos. Ainda que seja um livro denso e pouco fácil, a sua complexidade está bem equilibrada com a fluidez e a imponência das palavras de João Tordo. A dor e a falta de uma figura maternal estão presentes ao longo do livro e é absolutamente notável o enredamento que se vai construindo no desenvolver da história. 

Creio que este livro demarca de uma maneira muito clara e evidente a evolução do autor comparativamente às suas obras menos recentes. Tive a sensação que João Tordo desabrochou e atingiu o seu expoente máximo como escritor. E eu que pensava que já não era possível prosperar-se mais... Fico a aguardar, ansiosamente, pelo próximo. 

12
Jun19

Liberdade a ler

Sou uma daquelas pessoas que não faz desafios de leitura, que não participa em clubes de leitura nem faz uma lista no final do mês com os livros destinados a ler no mês seguinte (mas gostava tanto!). Não o faço simplesmente porque para além do meu estado de espírito mudar (vezes consideráveis) ao longo do mês, há muitos livros que começo a ler mas que não termino. Por estas razões, não me comprometo com nada nem com ninguém (apenas 'livrescamente' falando!).

Sei que para alguns é pecado mas a lista de livros que tenciono ler é demasiado extensa e tende a aumentar gradualmente a modos que não perco tempo a ler um livro que não gosto ou com o qual não sinto qualquer tipo de empatia. Por vezes, não significa que o livro não é bom mas simplesmente que o meu estado de espírito não é o melhor para a obra em questão.

Considero-me uma leitura impulsiva. Leio o que me cativa naquele momento e mudo as leituras consoante a minha vontade. E esta liberdade é uma característica muito própria de quem lê. A leitura de um livro é uma viagem no tempo e no espaço que nos faz sentir livres. Por que razão haveríamos de continuar numa viagem que não nos acalenta a alma? 

Esta é a minha justificação por não ter prosseguido a leitura d'O último cabalista de Lisboa de Richard Zimler. É uma obra com muitos pormenores e exige a concentração que, neste momento, não disponho. Creio que a dificuldade em me focar está relacionada com o excessivo uso de redes sociais mas isso já é conversa para outra altura. 

Por ser tão seletiva, há apenas dois livros aos quais atribuí uma estrela e um livro ao qual atribuí duas (no Goodreads): A Metamorfose, Lolita e Como é linda a puta da vida, respetivamente. Se bem me recordo, creio que não li até à última página os dois primeiros livros mas como li mais do que dois terços, achei que o meu tremendo esforço e a minha forte opinião mereciam ser públicos! 

E não, não acredito que "o livro começa a ser interessante a partir do meio". Refuto. Quando um livro é bom, é bom desde a primeira palavra! 

E vocês, já deixaram livros a meio ler? Digam que sim para não me sentir sozinha! 

06
Jun19

Até ao fim do mundo

Li algures que era um livro excelente, que se só lêssemos um livro no ano, teria que ser este. Por estas razões, a minha expectativa estava (mais uma vez) muito elevada. 

O livro já tem alguns anos: é de 2013. Nesse mesmo ano, a autora Maria Semple foi finalista do Women's Prize for Fiction com este mesmo livro. 

Nunca tinha lido nada da autora e confesso que foi um daqueles livros que se lê a correr. Ainda que a analepse e prolepse estejam presentes, é de fácil e acessível leitura deixando-nos absorvidos à história. Retrata a história de uma filha que não perde a esperança e de uma mãe que sendo extravagante, não é louca ao contrário do que todos imaginam. A obra contém algum humor e é uma leitura leve mas ainda assim, não compreendo o entusiasmo pela mesma. Não foi das minhas preferidas mas é, sem dúvida, uma leitura agradável.

04
Jun19

Não tenham vergonha!

Este publicidade está espetacular! Parabéns à equipa Sumol que fez um marketing excelente! Este vídeo grita inclusão e amor próprio - dois dos mais famosos temas da atualidade. "Não tens vergonha" é o lema e não podia ser mais certeiro. É disto que o mundo precisa, de não ter vergonha. De não ter vergonha de não tentar ser algo que não se é. De não ter vergonha do que os outros vão pensar. De não ter vergonha de ser assim e não de outra forma. De não ter vergonha de expôr a sua personalidade até porque vai sempre existir alguém que vai gostar. E o mais importante: de não ter vergonha de si mesmo.

Não tenham vergonha!

03
Jun19

Wrap up da vida

Enquanto que no mês de abril li 5 livros, no mês passado apenas li 1. Entre trabalho, tese de mestrado e questões que surgiram pelo meio, não houvesse espaço para organizar a minha vida literária (isto fará sentido?). Creio que publiquei as minhas opiniões acerca de todos menos dois: "Até ao fim do mundo" de Maria Semple e "A mulher que correu atrás do vento" de João Tordo. Prometo escrever sobre eles em breve. Entretanto já comecei a ler "O último cabalista de Lisboa" de Richard Zimler recomendado pela bibliotecária da vila. 

Junho é o mês do meu aniversário. Este mês está carregado de um sentimento agridoce. Sim, fazer anos é uma bênção porque quer dizer que estamos vivos e devíamos celebrar porque a vida é incrível. Certo. Mas não quer dizer também que estamos um ano mais velhos? Um ano mais próximo do nosso último dia, se tudo correr de acordo com a lei da vida?

Para agravar ainda mais a situação, é-nos sempre exigido que "aproveitemos bem o dia". Aproveitar? Mas como? Como assim? Tenho que realizar uma actividade extremamente incrível? Tenho que ter uma refeição extremamente deliciosa? Não pode ser um dia normal? Pressão. Muita pressão para passar o aniversário a fazer coisas muito divertidas.

Quando decido enfrentá-lo como um dia absolutamente normal, sinto culpa por não me estar a divertir muito - o era suposto. Se me divirto muito, sinto culpa por dar tanta importância a um dia normal já que todos os dias deveríamos celebrar por ainda estarmos cá. 

Vou beber um chá a ver se não me enervo.

 

Nota

Todas as imagens aqui publicadas são do Pinterest, excepto se existirem indicações contrárias.

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