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Por Definir

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06
Out18

A Cristina, a violência doméstica e a igualdade de géneros

Por não me encontrar fisicamente em Portugal, decidi comprar a revista Cristina online. Captou-me assim que vi os primeiros vídeos desta última edição. Ao contrário do que sempre acontece na revista, não falava de amor mas sim da ausência dele. Por ser tão diferente e com um tema tão moderno como a igualdade de género, achei que seria uma boa leitura. Posso dizer que foi arrepiante.

A violência doméstica está retratada na revista com uma coragem que me inspira e me dá força interior para amar a vida, para viver. Mudou alguma coisa dentro de mim. Senti uma bofetada de uma realidade que eu desconhecia e que só valorizei com aqueles testemunhos. Nada justifica uma agressão (a não ser em própria defesa). Por muito errado que possamos ter feito, jamais, é justificável sofrer agressão física, psicológica ou emocional. É preciso agir. É preciso combater. É preciso ajudar e proteger.

Nunca tinha pensado muito nisto. Achei que sim, que a diferença entre géneros existia, mas que era um exagero ser feminista e colocar as mulheres acima dos homens (que era o que me parecia estar a acontecer). E é. Há bastantes movimentos políticos, sociais ou culturais que, atualmente, enaltecem a mulher de uma forma que diminui o homem. Não é esta a forma mais correta de o fazer. Por vezes, até senti que estavam a discriminar o sexo oposto. Por exemplo, sigo blogs relacionados com livros e um deles decidiu apenas ler livros escritos por autoras. Não estará a discriminar os autores? Não estará a colocar o homem numa posição inferior?

O feminismo (quando correto) tem como único e exclusivo objetivo eliminar qualquer tipo de diferença entre a mulher e o homem e libertar a mulher dos estereótipos que se foram criando ao longo da história da humanidade. Nunca apoiei nem critique este movimento. Não queria dar valor às diferenças que existem, não lhes queria dar poder para existirem. Mas elas existem e se não lhes dermos importância, há sempre alguém que lhes dá e que as torna evidentes. Há que combatê-las e lutar por diminuir e eliminar o estigma das sociedades atuais. Mas atenção, os homens não são os donos do mundo mas as mulheres também não. Dividimos o poder de forma igualitária. É por isso que vou lutar.

Obrigada à revista Cristina por ambicionar mudar o mundo e ter-me mudado a mim. Obrigada à Maria e à Micaela por terem partilhado a sua história. 

 

 

Nota

Todas as imagens aqui publicadas são do Pinterest, excepto se existirem indicações contrárias.

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