No sossego do Sul
As manhãs muito cedo, por volta das 07h15, já fazem ouvir os pássaros nos beirais dos telhados ou nos fios eléctricos. Os bichos buscam comida e água porque o fresco irá dar lugar ao calor abafado e seco que se sente nestas bandas.
As espigas amarelas dançam ao som da brisa leve que se sente. Estamos no final de Junho e o Verão já se faz sentir. A calmaria com o silêncio entrecortado por um galo lá ao fundo e depois outro mais acolá definem este sítio. O sítio onde todos se conhecem, onde quase não há horários a não ser o próprio Sol, onde recebem o pão, a fruta e o peixe mesmo à porta de casa, trazidos por um vendedor ambulante.
Dá vontade de cá ficar, de abraçar um isolamento consciente do mundo cheio de pressa, cheio de coisas, cheio demais.