18
Nov18
O outro lado
No meio do caos, com imenso trabalho para fazer e com (quase) nenhum tempo, dou por mim extremamente nervosa e ansiosa. O meu lado responsável fala mais alto e a impossibilidade de fazer um trabalho perfeito leva-me ao desespero.
Depois, o meu lado mais emocional e subjetivo ri-se e goza comigo por estar numa aflição por algo que não a merece. E, ao invés de me aborrecer, rio-me com ele. Nesses instantes, vibro, de nervoso e de felicidade. Compreendo, por instantes, a sortuda que sou e apercebo-me da realidade: estou a viver na Ásia e o meu maior tormento é não comer pão alentejano há 3 meses.