Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Por Definir

Por Definir

21
Mai19

A melhor série de sempre - Game of Thrones

///CONTÉM SPOILERS\\\

As opiniões dividem-se entre o péssimo e o incrível relativamente ao último episódio de Game of Thrones. Confesso que a última temporada foi a que menos gostei mas fiquei tranquila com o seu final. Já há algum tempo que ansiava pela morte da Khaleesi e a sua morte não poderia ter sido melhor. A destruição de King's Landing foi a prova que a ambição leva a melhor de nós uma vez que a mãe dos dragões sempre teve nobres intenções até ficar cega com o poder que poderia alcançar. 

Jon Snow teve o final mais sereno de todos, na minha opinião: voltar para a muralha onde nunca foi muito feliz nem infeliz, foi apenas existindo e fazendo o bem sempre que possível. A Arya e a Sansa tiveram um destino previsível que lhes assenta na perfeição. O que gostei menos foi mesmo o Brand tornar-se rei. Mas se pensar um bocadinho sobre isso, não veria ninguém para ocupar o cargo.

Acredito que os fãs tenham ficado desiludidos com a pressa que os realizadores tiveram nalgumas cenas. Contudo, a série não deixa de ser brilhante por ter uma temporada menos incrível. O Nuno Markl explica muito bem a inteligência e a magnificência da série, em especial, do seu último episódio. A sua análise fez-me refletir de outro ponto de vista com o qual concordo bastante. 

Game of Thrones foi a melhor série que já alguma vez vi e entristece-me pensar que nenhuma vai ser tão boa como esta. Contudo, alegra-me saber que, tendo uma memória tão fraca, daqui a 2 anos posso revê-la outra vez pela primeira vez.  

13
Mai19

Londres - o incrível, o mau e o terrível

Devido aos preços baixos das companhias low-cost, Londres é um dos destinos de eleição dos portugueses para escapadinhas ou mini-férias. A menos de 3 horas de avião, a capital de Inglaterra é uma cidade cosmopolita que mistura diferentes culturas sem nunca perder a sua. 

Esta é uma das melhores qualidades de Londres: a sua cultura evidente. Ainda que pareça que o número de emigrantes e londrinos seja o mesmo, é fácil distingui-los dos demais. O sotaque denuncia-os e é o que, inexplicavelmente, me conforta. Sempre que ouço o sotaque britânico, sinto-me imediatamente em casa quase como se estivesse a beber uma chávena de chá com um livro no regaço junto a uma lareira. Conforto e calma é o que me é transmitido. A vontade de me misturar na cidade e passar por nativa esteve constantemente presente enquanto percorria as suas ruas e ruelas. 

A arquitetura maravilhou-me na sua plenitude. A minha paixão por casas e edifícios de pedra cresceu quando vivi em Praga, na República Checa. O seu lado rústico e elegante dançam numa harmonia enaltecida pelo casamento entre a antiguidade e a modernidade. As muitas cores nos bairros de Londres completam esta harmonia. Os táxis antigos e os autocarros vermelhos dão um charme único a Londres. Mais uma vez, misturam o passado e o presente na perfeição. É sem dúvida um ambiente acolhedor que se torna evidente com a instabilidade meteorológica. A chuva concede um clima ainda mais aconchegante para os amantes de chuva já que os demais a amaldiçoam. 

Relativamente à gastronomia e como tinha um budget apertado, não tenho poder para opinar. Posso sim elevar a cadeia de restaurantes/pastelarias/padarias/supermercados "Pret A Manger". Para além de saladas e sandes frias tem também refeições quentes para todos os gostos como sopa, massas ou lasanha. Há também sobremesas e snacks para levar ou comer no interior, como se preferir. Para além de rápida, a comida é feita com ingredientes naturais e orgânicos sendo por isso saudável. Aconselho vivamente a experimentarem, vale a pena!

Do aeroporto para o local onde estávamos hospedados utilizámos o autocarro e o metro: má ideia. O autocarro atrasou-se uma hora e cada bilhete de metro custou mais de 5€, não compensando de forma alguma utilizar este ou outros transportes públicos dentro de Londres (creio que é preferível o combio do aeroporto para a cidade). Uma vez que Londres está dividida por áreas e cada área tem diferentes pontos de interesse, é mais prático encontrar alojamento no centro para se conseguir visitar tudo a pé mas também é mais caro. 

O pior foram mesmo as multidões que existiam a cada esquina. Creio que a maior parte seriam turistas que nos davam encontrões, impediam a passagem ou que nos bloqueavam o campo de visão. Nas entradas das atrações turísticas há filas infinitas o que acaba por se traduzir em tempo perdido mas há algumas que valem a pena como a Galeria Nacional ou o Museu da História Natural. A cidade também está muito direccionada para o comércio. Tudo são lojas e lojinhas com o intuito de nos extrair dinheiro e os preços estão quase sempre inflacionados. As ruas que gostei menos foram aquelas que mais lojas tinham. 

Visto o panorama geral, foi uma cidade que me agradou muito mas que não me fez sentir vontade de voltar. Penso que teria gostado mais de visitar uma cidade mais pequena em Inglaterra ou uma vila onde a cultura estivesse ainda mais acentuada.

Deixo algumas fotografias tiradas por mim. 

59919700_906689619662483_6928282745281970176_n.jpg

59992749_443907656413336_4364622538735616000_n.jpg

60050182_2536891836537663_8077029558856974336_n.jp

60086912_405019277018429_4589548623112437760_n.jpg

60200283_2385012945065039_1052833897433268224_n.jp

60340661_2337023909952396_2193722857886842880_n.jp

04
Abr19

Um par de bofetadas, mas só um

Quando vivi na Ásia, no último quadrimestre do ano passado, conheci mais pessoas de Brunei do que de um outro país qualquer. A sua população não chega a meio milhão de habitantes e o país localiza-se junto à Malásia e Indonésia. Todos os estudantes que conheci provenientes deste país eram muçulmanos. Ignorância minha, não fazia ideia que haviam tantos muçulmanos no Sudeste Asiático e nem conhecia muito bem a religião até os conhecer a eles. 

Fiquei fascinada com o Islamismo, questionando diariamente os pobres coitados que já estavam fartos da minha surpresa e entusiasmo constante por cada coisa que ouvia. Houve uma altura que a considerei uma religião muito nobre até que comecei a explorar a parte relacionada com a igualdade e direitos humanos. Compreendi que por muitos costumes notáveis e respeitáveis que tenha, falha enormemente nesta esfera. 

Sabia que os homossexuais eram discriminados mas não sabia que era punível com pena de morte. Não só em Brunei mas também na Arábia Saudita, no Irão ou no Sudão a comunidade LGBTI não tem qualquer liberdade ou paz. Recentemente foi noticiado a implementação de "apedrejamento até à morte para casos de adultério e de sexo entre gays" (notícia doPúblico) em Brunei

De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, qualquer pessoa que concorde com esta medida é cruel. Não podia concordar mais. Na Sharia (lei religiosa que faz parte da tradição do Islão), esta pena é considerada extremamente rígida e conservadora, havendo cada vez menos países a aderirem a tais barbaridades. Desde quando é que é 'ok' pôr em causa a integridade física ou psicológica do outro? Desde quando é que se devem castigar pessoas com gostos e opiniões diferentes das nossas? Desde quando?

É importante mencionar que todas as religiões, todos os partidos políticos, todas pessoas e todas as coisas têm aspetos positivos e negativos na sua essência. É necessário aceitar ou, pelo menos, respeitar as opiniões tão divergentes com que nos deparamos diariamente desde que se tenha em conta algumas coisas básicas como

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.

Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes. 

Sou a favor de alguém chegar ao pé do sultão e de lhe dar um par de bofetadas. Mas só um, para não ser considerado tortura. 

06
Out18

A Cristina, a violência doméstica e a igualdade de géneros

Por não me encontrar fisicamente em Portugal, decidi comprar a revista Cristina online. Captou-me assim que vi os primeiros vídeos desta última edição. Ao contrário do que sempre acontece na revista, não falava de amor mas sim da ausência dele. Por ser tão diferente e com um tema tão moderno como a igualdade de género, achei que seria uma boa leitura. Posso dizer que foi arrepiante.

A violência doméstica está retratada na revista com uma coragem que me inspira e me dá força interior para amar a vida, para viver. Mudou alguma coisa dentro de mim. Senti uma bofetada de uma realidade que eu desconhecia e que só valorizei com aqueles testemunhos. Nada justifica uma agressão (a não ser em própria defesa). Por muito errado que possamos ter feito, jamais, é justificável sofrer agressão física, psicológica ou emocional. É preciso agir. É preciso combater. É preciso ajudar e proteger.

Nunca tinha pensado muito nisto. Achei que sim, que a diferença entre géneros existia, mas que era um exagero ser feminista e colocar as mulheres acima dos homens (que era o que me parecia estar a acontecer). E é. Há bastantes movimentos políticos, sociais ou culturais que, atualmente, enaltecem a mulher de uma forma que diminui o homem. Não é esta a forma mais correta de o fazer. Por vezes, até senti que estavam a discriminar o sexo oposto. Por exemplo, sigo blogs relacionados com livros e um deles decidiu apenas ler livros escritos por autoras. Não estará a discriminar os autores? Não estará a colocar o homem numa posição inferior?

O feminismo (quando correto) tem como único e exclusivo objetivo eliminar qualquer tipo de diferença entre a mulher e o homem e libertar a mulher dos estereótipos que se foram criando ao longo da história da humanidade. Nunca apoiei nem critique este movimento. Não queria dar valor às diferenças que existem, não lhes queria dar poder para existirem. Mas elas existem e se não lhes dermos importância, há sempre alguém que lhes dá e que as torna evidentes. Há que combatê-las e lutar por diminuir e eliminar o estigma das sociedades atuais. Mas atenção, os homens não são os donos do mundo mas as mulheres também não. Dividimos o poder de forma igualitária. É por isso que vou lutar.

Obrigada à revista Cristina por ambicionar mudar o mundo e ter-me mudado a mim. Obrigada à Maria e à Micaela por terem partilhado a sua história. 

 

 

08
Jul18

Call me by your name

Por recomendação de várias pessoas, decidi ver o filme "Call me by your name". Não podia surgir em melhor altura. 

O filme passa-se numa vila de Itália, na década de 80, onde uma família está a passar o verão. Elio passa as suas férias a nadar nos lagos, a ler e a compor música enquanto deseja fervorosamente que o verão acabe. O que ele não sabe é que a sua vida vai mudar para sempre. 

O filme é maravilhoso. Os cenários são simples mas deslumbrantes e dá-nos a sensação de que conhecemos o sítio, que pertencemos lá. O enredo envolve temas bastante atuais sem nunca ultrapassar a linha do aborrecido. Continuo a lembrar-me dos meus pormenores preferidos porque realmente teve um impacto em mim. Gostei. Despertou em mim os mais serenos e vivos sentimentos.

 

 

 

Nota

Todas as imagens aqui publicadas são do Pinterest, excepto se existirem indicações contrárias.

Mais sobre mim

foto do autor

Sigam-me

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Favoritos

Arquivo

  1. 2022
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2021
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2020
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2019
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2018
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D