Um quarto ou uma ponte?
Em posts anteriores já tinha mencionado a minha busca exaustiva por um estágio (ou emprego) que se estendia por toda a Europa. A dificuldade em encontrar um desafio que me motivasse e que me enriquecesse estava a levar-me à loucura.
Depois de muitas reuniões quer presenciais, quer online, obtive A proposta. Não quero estar a fazer a festa antes do tempo mas as expectativas para o futuro são muito promissoras. O estágio é numa daquelas empresas onde nos orgulhamos de pertencer e a minha posição de aprendiz não podia encaixar-me melhor.
A missão de obter um estágio foi bem sucedida e, quando eu pensava que tudo estava resolvido, eis que me deparo com a situação precária das rendas em Lisboa. Estou a escrever sobre isto e já consigo sentir as minhas têmporas a pulsar. Este post era para se intitular de "Reclamação ao Governo devido aos inadmissíveis preços de habitações na capital" mas acho que nem vale a pena.
Não há muito a dizer a não ser que, se ganhásse o ordenado mínimo, jamais conseguiria pagar um quarto e comer durante o mês algo mais do que apenas pão e água. Numa plataforma online, vi um anúncio de um quarto sem janela, minúsculo, numa casa com mais 6 quartos a 470€ por mês com despesas incluídas. Foi nesta altura que desliguei o computador e repensei a minha vida toda.
A conclusão a que cheguei foi que há duas grandes pontes e, por sinal, muito jeitosas.